quarta-feira, 13 de junho de 2012

CPI vota quinta quebra de sigilo de Perillo @Reinaldo_Cruz @QBTV2 @R49_ @QB_7 @Assuntosdegoias @CNN_BR

Governador Marconi Perillo depôs na CPI do Cachoeira
Perillo e Agnelo ao lado da Presidenta Dilma em Brasília
O relator da CPI do Cachoeira, deputado federal Odair Cunha (PT-MG), afirmou nesta terça-feira (12) que na próxima quinta (14) será analisado o pedido de quebra do sigilo telefônico do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB). De acordo com Cunha, a versão dada por Perillo sobre a venda de sua casa é diferente do que aponta a Policia Federal.
A CPI investiga as relações do bicheiro Carlinhos Cachoeira com políticos e empresários e, nesta terça, ouviu por mais de 8 horas o governador de Goiás. Ele negou envolvimento pessoal com o contraventor e também rejeitou suspeitas de que o grupo que explorava o jogo ilegal no estado tivesse algum tipo de influência em sua gestão.
Ao propor a quebra de sigilo telefônico durante a sessão desta terça, Cunha causou tumulto com parlamentares do PSDB, que se dirigiram aos gritos ao relator. "Ele [Perillo] não é investigado.
[...] O relator se perde, ele está aqui como testemunha", gritou o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP).
Cunha rebateu enfatizando conclusão da PF de que Cachoeira seria o real comprador do imóvel. "Temos uma versão dos fatos que é dada por Perillo. Ele diz que vendeu a casa para Garcez, que vendeu para o Walter Paulo. A investigação da Policia Federal aponta que essa casa foi comprada pelo senhor Carlos Cachoeira, que teria pago pelo seu sobrinho", disse o relator após o encerramento da sessão.
O relator também informou que outros depoimentos e quebras de sigilo servirão de base para a elaboração do documento final da CPI. "A investigação esta em aberto e nós vamos investigar quem está com a verdade, se o governador Marconi Perillo ou se a Polícia Federal", declarou.
O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) disse ser "urgente" a quebra de sigilo da empresa que emitiu os três cheques de pagamento da casa de Marconi Perillo, a Excitant Indústria e Comércio de Confecções. Ele defendeu também a quebra de sigilo do governador. “Fica urgente que, na sessão de quinta-feira, nós quebremos o sigilo bancário e fiscal da Excitant”, afirmou Rodrigues ao deixar a CPMI.

Lula
Cunha ainda, negou ter recebido orientações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a sua atuação na CPI. "Não recebi ligação do presidente Lula nem antes nem durante o processo (da CPI)", disse o deputado.
Durante o depoimento, parlamentares ligaram a convocação de Perillo a uma suposta intenção do PT e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em ofuscar o julgamento do mensalão, marcado para agosto no Supremo Tribunal Federal. Eles alegam que Perillo está sendo perseguido por ter supostamente alertado o ex-presidente antes do escândalo, em 2005.

Agnelo
Ao final do depoimento, o deputado Bruno Araújo (PSDB-PE), disse que tem confiança na "qualidade do depoimento" de Perillo e provocou os petistas ao lembrar que nesta quarta-feira (13) será a vez de o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, prestar esclarecimentos à comissão. "Vamos nos preparar amanhã e ver se o PT tem a mesma segurança no seu governador".
O presidente do PSDB, Sérgio Guerra, desqualificou as denúncias contra Perillo e disse que os petistas "levaram um banho total". "Não tem denúncia objetiva, não tem nada. Isso é tudo conversa, é tudo marola, espuma. Os fatos são absolutamente irrelevantes, não são consequentes, não são contundentes, não são provados. São versões atribuídas a pessoas vagas a situações também vagas", disse.
Já o vice-presidente da CPMI, Paulo Teixeira (PT-SP), afirmou que o depoimento não foi suficiente para tirar todas as dúvidas em relação à participação do governador nas atividades de Carlinhos Cachoeira. "A questão da casa não está resolvida. Porque cada dia mais prova que é um dinheiro da Delta e da organização do Carlos Cachoeira. Então tem que aprofundar as investigações".
Para Cândido Vaccarezza (PT-SP), Perillo ainda tem muito o que explicar sobre a venda de sua casa. "Quem acusou o governador Marconi foi a Polícia Federal. A sociedade e a CPI terão muito ainda o que investigar. É claro que não foram suficientes as explicações sobre a casa", declarou o deputado.

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